Financiamento Caixa: 3 novas regras para o financiamento de imóveis
Formas de amortizar um financiamento Caixa
Existem três formas de amortizar, ou seja, quitar um financiamento Caixa. Conheça-os abaixo:
1. SAC
A amortização SAC significa Sistema de Amortização Constante. Nessa modalidade, o valor da parcela mensal do financiamento é fixa e a parcela de juros é decrescente, ou seja, diminui com o passar do tempo. Assim, de forma geral, o valor do encargo total é reduzido a cada pagamento.
O SAC é uma maneira de quitar mais do saldo devedor mensal. Os juros decrescem sucessivamente em progressão aritmética e a prestação total tem um valor constante, salvo reajustes por correção monetária.
2. Tabela Price
No modelo da tabela Price, o valor da parcela mensal do financiamento é crescente, mas os juros são decrescentes. Dessa forma, o aumento de um compensa a redução do outro e os valores permanecem constantes ao longo do prazo de pagamento do financiamento Caixa.
Nessa modalidade de amortização, o devedor quita menos do seu saldo devedor mensal. Ao final do prazo de contrato, o valor total de juros pagos é maior do que no modelo SAC.
3. SAM
O SAM é o Sistema de Amortização Misto, que combina o SAC e a Tabela Price.
Como funcionava antes?
Até 2016, a Caixa era praticamente o único banco que trabalhava com financiamentos pela Tabela Price. Essa modalidade de amortização favoreceu a parcela mais pobre da população, que teve acesso à compra da primeira casa própria por conta das parcelas, que começam baixas e aumentam ao longo dos anos, pelo programa Minha Casa Minha Vida.
A lógica por trás desse pensamento é a de que a economia brasileira continuaria crescendo, gerando emprego e renda fixa para os cidadãos ascenderem economicamente. Assim, o pagamento do financiamento Caixa seria possível e não sacrificaria a renda dos indivíduos.
Porém, a amortização Price traz alguns riscos consigo. Em alguns empréstimos, o valor das parcelas não é suficiente para cobrir os juros, a correção e o longo prazo do pagamento faz com o que o saldo devedor cresça acima do valor do imóvel. Desse modo, os tomadores de financiamento enfrentam muita dificuldade para quitar o empréstimo.
Como funciona agora?
Com a crise econômica e o aumento no desemprego, o Brasil passou a ter menos dinheiro sendo investido no FGTS e na poupança, o que interfere no volume de recursos que a Caixa Econômica tem para sustentar os empréstimos. Por isso, continuar abrindo financiamentos pela tabela Price seria uma ação de risco.
Observando essa situação, o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional decidiram adaptar alguns pontos fundamentais dos financiamentos Caixa. Confira:
utilizando o modelo SAC, será possível financiar até 80% de um imóvel novo (pagando 20% de entrada) e 70% de um imóvel usado (pagando 30% da entrada);
na tabela Price, o valor da entrada cai para 60% no sistema Pró-Cotista e 70% para Carta de Crédito FGTS;
as parcelas precisam dar conta das taxas de juros e da correção monetária.
A redução do montante que pode ser financiado segue uma tendência dos próprios tomadores. Segundo dados recentes do banco, quase 90% dos empréstimos financiam 80% ou menos do valor total dos imóveis novos.